Cinema Medeia Nimas - Lisboa

Nesta terceira jornada pela memória do cinema, viajamos pelas obras de Jean Renoir e Vincente Minnelli. Como sabemos, os filmes “mudam” de cada vez que os vemos e por isso gostamos de voltar a eles, uma e outra vez. Os grandes clássicos, sendo obras de um tempo, são simultaneamente obras de todos os tempos, e acabam por ser mais nossos contemporâneos do que muitos filmes que hoje debutam. 

De Renoir, o “maior cineasta do mundo”, como proclamou Truffaut, aquele que “abrange todo o cinema”, como dizia Rohmer, e que transpôs para a sétima arte “o sentido penetrante da luz e das cores” da pintura do seu pai, Auguste Renoir, veremos cinco obras essenciais, algumas delas há algum tempo arredadas das salas. Também Jean Domarchi fala de “um passado pictural” na obra de Minnelli, ao qual ele vai acrescentar o tempo, o tempo do cinema. Veremos 4 obras-primas deste cineasta maior, autor de esplendorosos musicais e de sumptuosos melodramas gravados no nosso imaginário colectivo, que trabalhou com as grandes vedetas de Hollywood, entre elas e nestes filmes, Lana Turner, Kirk Douglas, Robert Mitchum ou Gene Kelly.