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22.01.2025
quarta-feira
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- 19:00 *
* Conversa com Clara Rowland e José Bértolo
O Belo Indiferente
de Jacques Demy
com Jeanne Allard, Angelo Bellini
- Le Bel indifférent |
- 29min |
- M/12 | Cópia Restaurada |
- 1958 |
- estreia 16.01.2025
sinopse
Num pequeno quarto, uma mulher espera ansiosamente pelo seu amante. Quando ele regressa, ela exprime o seu cansaço, o seu ciúme, a sua raiva. O seu amante, indiferente, não responde e lê o jornal. Uma adaptação da peça de teatro homónima de Jean Cocteau.
biografia do realizador
Jacques Demy nasceu em Pontchâteau, Nantes, em 1931. Desde muito novo, a mãe encorajou nele um profundo gosto por espectáculos de marionetas que, a dada altura, o próprio começou a encenar em casa para a sua família e amigos. Anos mais tarde, descobriu o cinema de animação e os tempos livres da sua adolescência foram passados a fazer filmes animados. Estas paixões levaram-no a continuar os seus estudos na ETPC (École Technique de Photographie et de Cinématographie) em Paris. Depois de terminar o curso e realizar alguns filmes publicitários, realizou, em 1956, o documentário O Tamanqueiro do Vale do Loire, a sua primeira curta-metragem. Cinco anos depois, realizou a sua primeira longa-metragem, Lola, considerada uma das suas obras-primas. Foi também a primeira vez que trabalhou com Michel Legrand, responsável pelos momentos musicais e decisivo colaborador nas suas obras seguintes. Seria três anos mais tarde, com o musical Os Chapéus de Chuva de Cherburgo (filme que lhe valeu a Palma de Ouro no Festival de Cannes), que o estilo distinto de Demy se afirmaria em pleno, com cenários marcados pela combinação de pastéis com cores primárias vibrantes e com uma banda sonora hipnotizante e memorável, num mundo encantado e “em-cantado” (como lhe chamou o próprio Demy). A construção destes mundos encantados caracterizou os seus filmes seguintes, como As Donzelas de Rochefort (1968), outra das suas obras cimeiras, A Princesa com Pele de Burro (1970), O Tocador de Flauta (1972) e Um Quarto na Cidade (1982). Ao longo da carreira, a sua imaginação poética criou um universo próprio, situado entre o sonho e a realidade, com uma forte geografia afectiva marcada por encontros e desencontros, amor dado e negado, sonhos concretizados e sacrificados.
ficha técnica
Jeanne Allard, Angelo Bellini
Argumento: Jean Cocteau
Direcção de Fotografia: Marcel Fradetal
Montagem: Denise de Casabianca
Produção: La Société Nouvelle Pathé-Cinéma
Distribuição: Leopardo Filmes