O Tamanqueiro do Vale do Loire

de Jacques Demy

com Yves Demy, Georges Rouquier (narração)

  • Le Sabotier du Val de Loire | 
  • 23 min | 
  • M/12 | Cópia Restaurada | 
  • 1956 | 
  • estreia 16.01.2025

sinopse

Um tamanqueiro e a sua esposa vivem uma vida simples nas margens do rio Loire. Durante os bombardeamentos de Nantes, na Segunda Guerra Mundial, o realizador Jacques Demy e o seu irmão Yves abrigaram-se na sua casa. Na sua primeira curta-metragem, Demy descreve o ofício do tamanqueiro com carinho e atenção ao detalhe para agradecer e homenagear a generosidade do casal, agora idoso, que o acolheu.

  • 1956 | 
  • Docu-ficção | 
  • Longa-Metragem | 
  • 23 min | 
  • M/12 | Cópia Restaurada | 
  • França

estreia 16.01.2025

biografia do realizador

Jacques Demy nasceu em Pontchâteau, Nantes, em 1931. Desde muito novo, a mãe encorajou nele um profundo gosto por espectáculos de marionetas que, a dada altura, o próprio começou a encenar em casa para a sua família e amigos. Anos mais tarde, descobriu o cinema de animação e os tempos livres da sua adolescência foram passados a fazer filmes animados. Estas paixões levaram-no a continuar os seus estudos na ETPC (École Technique de Photographie et de Cinématographie) em Paris. Depois de terminar o curso e realizar alguns filmes publicitários, realizou, em 1956, o documentário O Tamanqueiro do Vale do Loire, a sua primeira curta-metragem. Cinco anos depois, realizou a sua primeira longa-metragem, Lola, considerada uma das suas obras-primas. Foi também a primeira vez que trabalhou com Michel Legrand, responsável pelos momentos musicais e decisivo colaborador nas suas obras seguintes. Seria três anos mais tarde, com o musical Os Chapéus de Chuva de Cherburgo (filme que lhe valeu a Palma de Ouro no Festival de Cannes), que o estilo distinto de Demy se afirmaria em pleno, com cenários marcados pela combinação de pastéis com cores primárias vibrantes e com uma banda sonora hipnotizante e memorável, num mundo encantado e “em-cantado” (como lhe chamou o próprio Demy). A construção destes mundos encantados caracterizou os seus filmes seguintes, como As Donzelas de Rochefort (1968), outra das suas obras cimeiras, A Princesa com Pele de Burro (1970), O Tocador de Flauta (1972) e Um Quarto na Cidade (1982). Ao longo da carreira, a sua imaginação poética criou um universo próprio, situado entre o sonho e a realidade, com uma forte geografia afectiva marcada por encontros e desencontros, amor dado e negado, sonhos concretizados e sacrificados.

ficha técnica

Yves Demy, Georges Rouquier (narração)


Argumento: Jacques Demy
Direcção de Fotografia: H. Georges Lendi
Montagem: Anne-Marie Cotret
Produção: Georges Rouquier
Distribuição: Leopardo Filmes

próximas datas