Umberto D.

de Vittorio De Sica

com Carlo Battisti, Maria Pia Casilio, Lina Gennari

  • Umberto D. | 
  • 1h 29min | 
  • Cópia Digital Restaurada | M/12 | 
  • 1952 | 
  • estreia 18.03.1953

sinopse

Era o filme preferido de De Sica, Bazin considerou-o um dos maiores da história do cinema, Chaplin chorou ao vê-lo. Buñuel escreveu que “era um dos melhores filmes que o neo-realismo produzira”. O novo governo democrata-cristão italiano manobrou para que não saísse vitorioso do festival de Cannes, e um jovem Giulio Andreotti escreveu um artigo inflamado contra o neo-realismo e acusava De Sica de dar “uma má imagem do país”, ao que o realizador retorquiu que “contava a realidade”. Umberto D. é um velho solitário e o apelido é amputado para tornar universal um problema com que se debatia na altura a Itália: o dos reformados que viviam na indigência com as pensões de miséria que recebiam. Contra a pretensão dos produtores, o realizador foi de novo buscar rostos novos e desconhecidos: um professor para interpretar Umberto D., e uma rapariga que encontrou na província e que acompanhara uma amiga ao casting interpreta a criada da pensão onde aquele vive.

Há paralelismos evidentes com Ladrões de Bicicletas neste retrato íntimo de um homem só, que tem apenas um cão por companhia e luta para sobreviver e manter a sua dignidade, onde Zavattini, que desta vez escreveu sozinho o argumento, atinge a máxima expressão da sua busca poética.

  • 1952 | 
  • Drama | 
  • Longa-metragem | 
  • 1h 29min | 
  • Cópia Digital Restaurada | M/12 | 
  • Itália

estreia 18.03.1953

festivais e prémios

Festival de Cannes 1952 – Selecção Oficial em Competição

Prémios New York Film Critics Circle – Melhor Filme Estrangeiro
Óscares 1957 – Nomeação Melhor Argumento (Cesare Zavattini)
Prémios Bodil 1953 – Melhor Filme Europeu