André / Fernando Rey, filho de pais espanhóis, vive em Portugal desde a infância e mora numa bela casa à beira-mar (a casa que, em S. Pedro de Moel, onde grande parte do filme foi rodado, pertencera ao poeta António Lopes Vieira). 

Depois de um primeiro trabalho em Super 8, este é o primeiro filme em que JMG trabalha com uma equipa de cinema. Foi também um filme de vários encontros das pessoas que nele trabalharam. Zé Branco, que evocamos no dia do seu aniversário, foi, juntamente com a sua irmã,Isabel Branco, responsável pelos décors, e participou ainda no guarda-roupa.

E com este André, poderíamos dizer, nasce  um personagem tipo no cinema de Grilo. Para aqueles que nele trabalharam e estarão presentes, e aqueles que o viram na sua estreia, será um encontro com eles outros; para os que vão agora descobri-lo, será certamente um belo encontro com uma obra e um modo de fazer cinema de que resultavam coisas extraordinárias. O filme estreou-se no festival de Veneza, onde esteve em Competição.

Cópia digitalizada e restaurada pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema no âmbito do projecto FILMar