Ossos

de Pedro Costa

com Vanda Duarte, Nuno Vaz, Isabel Ruth, Mariya Lipkina

  • Ossos | 
  • 1h 34min | 
  • M/16 | Novo restauro 4K | 
  • 1997 | 
  • estreia 18.09.1997

sinopse

Ossos é um drama minimalista que se desenrola no bairro crioulo Estrela d'África, em Lisboa. Tina dá à luz no hospital, regressa a casa e liga imediatamente o gás. O namorado de Tina, também ele adolescente, salva a criança, embrulha-a num saco de lixo e sai para a rua a pedir esmola. Depois de uma tentativa falhada de vender a criança, o rapaz deixa o bebé com uma enfermeira, e mais tarde com uma jovem prostituta. Enquanto isso, Tina e a sua melhor amiga, Clotilde, tentam recuperar a criança. O bebé sobreviverá. Com movimentos austeros, lentos e fatigados, os actores amadores de Costa mal demonstram emoções. São pessoas que foram derrotadas pela vida num mundo onde a única nota verdadeiramente calorosa e humana emerge da amizade entre Tina e Clotilde. Por outro lado, Costa é capaz de evocar emoções poderosas e convincentes, que obrigam o espectador a encarar o desespero de frente.

  • 1997 | 
  • Drama | 
  • Longa-metragem | 
  • 1h 34min | 
  • M/16 | Novo restauro 4K | 
  • Portugal

estreia 18.09.1997

festivais e prémios

Festival de Veneza 1997 – Selecção Oficial em Competição, Golden Osella para Melhor Fotografia

biografia do realizador

Amplamente aclamado como o maior cineasta vivo em Portugal, Pedro Costa nasceu em Lisboa, em 1959. Estudante de História na Universidade de Lisboa, largou os estudos para assistir às aulas do poeta e realizador António Reis na Escola de Cinema, onde acabou por ingressar, e logo trabalhou como assistente de realização de Jorge Silva Melo, Vítor Gonçalves e João Botelho. A sua primeira longa-metragem, O Sangue, teve a sua estreia mundial no Festival de Cinema de Veneza, em 1989, apresentando já o tom distintivo de uma obra marcada por uma atenção simultaneamente política e poética a vidas marginalizadas. O seu segundo filme, Casa de Lava (1994), rodado em Cabo-Verde, foi exibido no Festival de Cannes. Segue-se a célebre trilogia da Fontaínhas, composta por Ossos (1997), No Quarto da Vanda (2000) e Juventude em Marcha (2006), em que o cineasta retrata as vidas dos homens e mulheres – pessoas imigrantes, racializadas, pobres – que habitam esse bairro de Lisboa. Costa realizou ainda Onde Jaz O Teu Sorriso? (2002), onde acompanha o trabalho de Danièle Huillet e Jean-Marie Straub, e Ne Change Rien (2009), com a actriz Jeanne Balibar. Em 2012, integrou a longa-metragem colectiva Centro Histórico, a par de Manoel de Oliveira, Aki Kaurismäki e Víctor Erice. Em 2014, Cavalo Dinheiro recebeu o Leopardo de Ouro para Melhor Realização no Festival de Locarno e, em 2019, Vitalina Varela recebeu o Leopardo de Ouro para Melhor Filme no mesmo festival.

ficha técnica

Vanda Duarte, Nuno Vaz, Maria Lipkina, Isabel Ruth, Inês de Medeiros, Miguel Sermão, Berta Susana Teixeira, Clotilde Montron, Zita Duarte


Realização - Pedro Costa
Imagem - Emmanuel Machuel, AFC
Som - Henri Maikoff
Montagem - Jackie Bastide
Décors - Zé Branco
Guarda Roupa - Isabel Favila

Assistente de Realização - José Maria Vaz da Silva
Chefe de Produção - Joaquim Carvalho
Diretores de Produção - António Gonçalo
Elisabeth Bocquet
Produção - Paulo Branco


UMA CO-PRODUÇÃO
Madragoa Filmes
Gemini Films
Zentropa Productions