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05.10.2025
domingo
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- 10:00
Roma, Cidade Aberta
de Roberto Rossellini
com Anna Magnani, Aldo Fabrizi, Marcello Pagliero
- Roma, Città Aperta |
- 1h38 |
- M/12 | Cópia Restaurada |
- 1945 |
- estreia 26.03.2015
sinopse
Enquanto Roma é ocupada pelos Nazis, cruzam-se histórias de vida. Entre as personagens, encontram-se Pina, Francesco e Manfredi, líder do movimento da resistência romana. O padre Pietro ajuda a resistência, transmitindo as suas mensagens e auxiliando o movimento financeiramente. A Gestapo captura o padre e interroga-o, tentando convencê-lo a trair a sua causa. Roma, Cidade Aberta é considerado um exemplo fulcral do Neo-realismo, formando juntamente com Paisà - Libertação e Alemanha, Ano Zero a chamada “Trilogia Neo-realista”.
festivais e prémios
Festival de Cannes, 1946 – Grande Prémio do Festival
Óscares, 1947 – Nomeação para Melhor Argumento
biografia do realizador
Roberto Rossellini nasceu a 8 de Maio de 1906, em Roma, onde viria a morrer a 3 de Junho de 1977. A sua ligação ao cinema começou cedo na sua infância. O seu pai foi o responsável por construir a primeira sala de cinema de Roma, o Cinema Barberini, o que, segundo relatos, lhe permitiu ter acesso livre durante vários anos. Desempenhou diversas funções nas produções de vários filmes e realizou três filmes de propaganda encomendados pelo regime, La nave bianca (1941), Un pilota ritorna (1942) e L’uomo dalla croce (1943). Dois meses depois da libertação de Roma, em Junho de 1944, Rossellini começou a trabalhar no que viria a ser Roma, Cidade Aberta (1945). Estreado em 1945, foi filmado nas ruas de Roma, fora dos estúdios, com vários não-actores, e conta a história de um líder da resistência em fuga e daqueles que o ajudam. Roma, Cidade Aberta impulsionou o movimento neo-realista do cinema italiano e é considerado um dos filmes charneira do cinema moderno. É, ainda, o primeiro filme da chamada “Trilogia da Guerra” (ou “Trilogia Neo-Realista”), com Paisà – Libertação (1946) e Alemanha, Ano Zero (1948). Em 1950, realizou Stromboli, a primeira de várias colaborações com Ingrid Bergman (com quem viria a casar, depois de um caso amoroso extremamente polémico), que também incluem, entre outros, Europa 51 (1952) e Viagem em Itália (1954). Nestas, Rossellini expande o estilo neo-realista com reflexões metafísicas que ajudaram a definir o cinema moderno. Ainda neste período, realizou Onde Está a Liberdade? (1954), retrato contundente da Itália do pós-guerra, e O General Della Rovere (1959), que conjuga as reflexões morais e metafísicas com elementos neo-realistas no cenário da Itália ocupada pelos alemães. A partir de 1966, e até à sua morte, dedicou-se quase exclusivamente à televisão, com a realização de filmes e séries didácticos. Com uma obra caracterizada pela autenticidade documental e profundas reflexões metafísicas e filosóficas, Roberto Rossellini mudou radicalmente o curso da história do cinema, e a sua influência sobre nomes como Godard e Scorsese, entre tantos outros, é inestimável.
ficha técnica
Anna Magnani
Aldo Fabrizi
Marcello Pagliero
Realização - Roberto Rossellini
Argumento - Sergio Amidei, Federico Fellini, Roberto Rossellini
Director de Fotografia - Ubaldo Arata
Montagem - Eraldo Da Roma
Música - Renzo Rossellini
Produção - Cinecitta Luce, CSC – Cineteca Nazionale, Cineteca di Bologna e Coproduction Office
Distribuição - Leopardo Filmes