Salvatore Giuliano
de Francesco Rosi
com Salvo Randone, Frank Wolff, Pietro Cammarata, Sennuccio Benelli
- Salvatore Giuliano |
- 2h 03min |
- M/14 |
- 1962 |
- estreia 26.10.2023
sinopse
A obra tem o título do seu sujeito – um notório bandido e líder de um grupo guerrilheiro que, na década de 50, tentou libertar a Sicília do domínio italiano – mas, apesar disso, foge da forma tradicional do biopic de maneira fundamental. Com a personagem titular retratada, na maior parte do filme, in absentia – a sua mais memorável aparição é como cadáver –, o foco do filme cai sobre as forças sociopolíticas, de ambos os lados da lei, que permitiram a sua sangrenta proeminência na história da Itália do pós-guerra.
festivais e prémios
Festival de Berlim 1962 – Urso de Prata para Melhor Realizador
crítica e imprensa
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Rosi casa a estética populista neorealista, a preto e branco, com o louco circo mediático de La Dolce Vita, junta alguma da alienação minimalista de Antonioni, faz o filme saltar para trás e para a frente no tempo sem quaisquer marcadores (de tal maneira que percebemos estar de volta ao presente apenas alguns minutos depois de já estarmos numa sequência) e torna o seu desespero tão contagiante que provavelmente ficaríamos desapontados ao conhecer a verdade.
- David Gurevich
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A estratégia altamente original de Rosi neste filme emblemático é não visar nem um documentário jornalístico «objectivo» nem uma recriação ficcional, mas empregar uma gama tão vasta de elementos formais e estilísticos díspares quanto necessário para conduzir uma busca comprometida pela verdade que se torna, num certo sentido, a sua própria narrativa.
- Gino Moliterno
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Giuliano não é herói nem vilão; é uma ausência enigmática no centro do filme. Rosi confere à sua dura realidade um mistério luminoso.
- Peter Bradshaw, The Guardian
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O grande mosaico histórico e político de Francesco Rosi é uma investigação dramática sobre as circunstâncias do assassinato do bandido siciliano Salvatore Giuliano (...) É uma investigação rigorosa (Rosi descobriu novos factos sobre o caso), mas nunca seca, tem sangue a correr-lhe nas veias e é filmado num preto e branco que é absolutamente eletrizante (...) E SALVATORE GIULIANO é, entre muitas outras coisas, um grande hino à Sicília, terra da minha família, e só por isso o aprecio.
- Martin Scorsese
ficha técnica
Com: Salvo Randone, Frank Wolff, Pietro Cammarata, Sennuccio Benelli, Giuseppe Calandra, Max Cartier, Fernando Cicero
Realização Francesco Rosi
Argumento Francesco Rosi, Suso Cecchi D'Amico, Enzo Provenzale, Franco Solinas
Direcção de Fotografia Gianni Di Venanzo
Montagem Mario Serandrei
Produção Franco Cristaldi, LUX FILM, VIDES CINEMATOGRAFICA
Distribuição Leopardo Filmes