O Cinema Nimas celebra Diane Keaton com sessão especial de ANNIE HALL, de Woody Allen

Annie era o diminutivo de Diane; Hall era o seu nome de nascimento. E o cinema gravou-o para sempre. Diane Keaton venceu o Óscar de Melhor Actriz em 1978 por este papel. Ela e Woody Allen tinham sido amantes fora do ecrã, e a química que ficou foi pura ficção maior: um retrato terno, melancólico e hilariante do amor urbano nos anos 70.

Do lado de lá da câmara, Allen partia das punchlines de stand-up para criar um poema sobre a incompatibilidade e a beleza da imperfeição. Era a passagem do riso ligeiro para uma filosofia do desencanto.

Alvy Singer, neurótico de Brooklyn, teme o universo que se expande; Annie Hall, cantora desajeitada e luminosa, teme não saber amar bem. Entre as suas hesitações nasce uma história que não promete eternidade, apenas a beleza fugaz dos encontros que nos transformam.

Recordamos Diane Keaton no auge da sua graça: musa, ícone e mulher de um tempo que ainda nos fala. ANNIE HALL é a prova de que o amor também pode ser um ensaio cómico sobre a solidão. O vencedor do Óscar de Melhor Filme mais experimental, um filme que mudou a história do cinema, o humor de Nova Iorque e a forma como olhamos para os fracassos que nos fizeram quem somos.